não é bem a abertura do blog, a Ag já fez isso, mas tudo bem...
Crônica: O Vento
O vento frio dava a impressão de que minhas mãos estavam sendo cortadas do lado de fora do carro.
Enquanto pensava no que faria em minha vida amorosa, meus estudos, minha vida familiar e minhas amizades, sentia o vento frio cortando, além de minhas mãos, meu rosto.
O ambiente me ajudava a pensar. O verde intenso não machucava os olhos como o branco do sol. Percebi que os troncos das árvores eram envoltos em musgo.
O verde das folhas, do musgo dos troncos e da grama do chão me deixaram calma e esvaziaram a minha mente, envolvendo-me em um torpor maravilhosamente encantador. Tamanha a quantidade de verde à volta da pequena estrada, que o ar parecia absorver a cor, deixando o ambiente ainda mais apaziguador.
Coloquei as mãos dentro do carro, mas mantive a janela aberta para que o vento continuasse torturando minha fina pele. A dor era boa, esperada.
Aguardei até que houvesse uma sensação de anestesia em minha face, aumentando o vazio em minha mente.
Deixei-me levar por um sono calmo e sem sonhos.
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